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7 passos para quitar suas dívidas
Fluxo de caixa apertado, inadimplência e despesas crescendo. Ignorar o endividamento leva à perda de crédito na praça e fragiliza a relação comercial. Cuidado!
Das quase 20 milhões de empresas em operação no Brasil, pouco mais de seis milhões têm o nome negativado nos cadastros de proteção ao crédito. Em meio à pandemia do coronavírus, com a maior liberação de crédito, esse cenário pode piorar.
Um estudo elaborado pela consultoria britânica Oxford Economics mostra que a dívida das empresas de países desenvolvidos poderia subir até 10 pontos percentuais, chegando a 95% do PIB. Nos países emergentes, incluindo o Brasil, o avanço tem sido de 10 a 20 pontos percentuais.
O levantamento mostra que o Brasil ocupa a 3ª posição entre os países que mais se endividaram. Entre fevereiro e abril de 2020, período analisado pela pesquisa, os débitos de empresas brasileiras cresceram quase 15%.
Embora o descontrole com o endividamento demande cautela, a situação é reversível. Veja como é possível repensar o negócio para ter a possibilidade de quitar dívidas.
1. RECONHEÇA A ORIGEM DO ENDIVIDAMENTO
O primeiro passo é investigar e entender quais práticas ou negligências levaram seu negócio a essa situação. Cabe ao empreendedor reconhecer o motivo da falta de recursos e o montante do débito.
2. PLANEJE
Muitas empresas assumem compromissos financeiros sem conhecer sua real capacidade de pagamento. Para mudar esse cenário é importante mapear todos os atrasos e pendências, listar todos os credores e o valor de cada dívida. Em paralelo, organize em uma planilha todo fluxo de caixa, ou seja, detalhe todos os custos fixos e os valores de entrada no caixa da empresa por um período específico - por mês, semana, quinzenal ou como achar melhor.
3. ATUALIZE-SE SOBRE SEUS DÉBITOS
Entre em contato com seus credores para atualizar todas as correções, multas e juros de cada débito. Consulte os órgãos de proteção ao crédito para checar títulos protestados. A partir de todas essas informações reunidas, elabore um planejamento financeiro de no mínimo um ano com projeção de receita, despesas e custos fixos. Lembre-se que o objetivo dessa organização é criar condições para desenvolver ações que favoreçam um fluxo de caixa adequado para sanar o endividamento.
4. ENCONTRE UM EQUILÍBRIO
Para diminuir o risco de inadimplência é importante equilibrar a geração de receitas com as despesas e encontrar pontos da operação mais sensíveis ao endividamento. Para retomar fôlego pode ser preciso readequar a estrutura de trabalho que envolve desde a redução de desperdícios e excessos do dia a dia até negociações com fornecedores.
5. HORA DE RENEGOCIAR!
Renegociar o pagamento das dívidas com os credores é fundamental para tornar o planejamento financeiro sustentável. Entretanto, é muito difícil obter benefícios junto ao credor após postergar pagamentos. A grande preocupação é renegociar de uma forma que você seja capaz de cumprir os pagamentos - seja em números de parcelas, taxa de juros menor ou com um prazo maior para pagar.
Oferecer garantias aumenta as chances de sucesso na renegociação, como, por exemplo, bens da empresa ou dos sócios. Firmada a renegociação, o nome da empresa sai das listas de proteção ao crédito. Por isso, não se esqueça de verificar em quanto tempo sua situação será regularizada, caso seu nome esteja negativado.
6. ESTABELEÇA PRIORIDADES
Tenha prioridades tendo em vista o custo-benefício de saldar cada uma das dívidas e o risco de mantê-las. Se sua empresa costuma participar de licitações, por exemplo, dê preferência a liquidação de dívidas fiscais. Se as contas ou os bens da empresa correm risco de bloqueio judicial, aposte na quitação de dívidas trabalhistas e bancárias. Se a falta de produtos ou matéria-prima ameaça a operação do negócio, comece a renegociação pelos fornecedores.
Seguindo esse raciocínio, lembre-se também de que existem tributos que não podem ser parcelados. É o caso da contribuição previdenciária dos empregados ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
7. DÍVIDAS NUNCA MAIS!
Seja cuidadoso para não fazer novas dívidas. Depois de renegociar ou quitar dívidas, evite armadilhas que o façam se endividar novamente. Mantenha sua planilha financeira sempre atualizada e continue reduzindo ou cortando os gastos – principalmente aqueles que não são essenciais. Procure reservar parte da sua renda para imprevistos.